1000 entrevistas responde uma pesquisa a nível nacional?

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A cada mês mais pesquisas eleitorais são divulgadas no Brasil destacando a percepção dos eleitores para quem serão seus representantes eleitos em outubro. Todavia, muitas pessoas questionam como essas análises com 1000 entrevistas responde uma pesquisa a nível nacional? 

Ficou curioso? Então, leia este conteúdo desenvolvido pela equipe Conecta Gabinete!

A importância das pesquisas eleitorais

Mais de 156 milhões de eleitores votarão em outubro no Brasil. Para servir como um panorama de cada momento pré-eleição, uma série de pesquisas eleitorais já começaram divulgadas por institutos autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral

Elas são um importante instrumento da democracia porque têm o caráter de inferir intenções de voto da população em um determinado recorte de tempo. 

Além disso, elas possibilitam que as equipes que trabalham para candidatos tenham uma amostra de como está o andamento da campanha a partir dos dados que são divulgados.

Como é feita uma pesquisa eleitoral?

As pesquisas eleitorais são realizadas por institutos que trabalham com análise estatística para compreensão dos dados que são obtidos em questionários. Elas são aplicadas com base em análise científica das informações prestadas por uma determinada quantidade de pessoas.

Essa quantidade é considerada uma amostra da população. Por exemplo, o instituto define como amostra de uma pesquisa a quantidade de 1000 pessoas. Essa quantidade de pessoas é identificada como o “universo” que será consultado na pesquisa.

Para integrar esse universo de pessoas que serão entrevistadas são acrescentadas na pesquisa as variáveis. As variáveis são os critérios que precisam constar num universo que seja similar à realidade que se tem na população. Entre os critérios estão: 

  • Gênero
  • Escolaridade
  • Renda
  • Idade
  • Religião
  • Ocupação
  • Etc.

Como 1000 pessoas podem gerar uma amostra do que os eleitores pensam?

Pode-se trazer as variáveis que precisam constar na pesquisa com base em dados do TSE. Como é o caso da presença feminina entre os eleitores. Segundo o tribunal, estarão aptas a votar em 2022 um percentual de 51,63% do total de eleitores brasileiros. 

Assim, uma pesquisa com 1000 pessoas entrevistadas precisa ter 517 mulheres ouvidas. Além disso, entre as variáveis também são sorteadas as cidades onde serão feitas as entrevistas, entre cidades pequenas, de médio porte e grandes. Sorteio que é feito levando em conta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Outra variável que consta nesse processo é o formato do questionário que será feito. Se será presencial ou por telefone, por exemplo. Cada instituto tem sua metodologia com as variáveis que serão colocadas na pesquisa. 

Quanto mais variáveis, mais a amostragem será completa

Conforme especialistas, quanto mais variáveis forem postas mais a amostragem será condizente com o universo real que deseja ser analisado. Ou seja, consegue-se com uma pequena parcela da população ter uma representação de grande parte da sociedade.

Dessa forma, mesmo que seja atacada por muitos políticos ou alvo de fake news, às amostragens feitas com parcelas pequenas, como o de 1000 entrevistas, são válidas cientificamente para uma pesquisa eleitoral.

Pesquisa não é enquete!

Além disso, as pesquisas eleitorais são completamente diferentes de enquetes. Enquetes são populares em plataformas como redes sociais, mas não traduzem uma representação real da população. 

Isso porque as enquetes são direcionadas a um grupo homogêneo, sob condições determinadas e sem variáveis que levam em conta aspectos científicos. O que possibilita mais distorções em resultados.

Portanto, você pode confiar em pesquisas eleitorais que são reconhecidas e autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Para não ficar dúvidas, cada instituto quando publica uma pesquisa precisa tornar público todos os dados de como ela foi realizada. 

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